Gengivectomia e gengivoplastia: cirurgias plásticas periodontais...
Leia mais...No século XIX, pensávamos que as doenças estavam nas gengivas, então, as cirurgias gengivais foram iniciadas. Porém, os profissionais na época notaram que a remoção da gengiva de nada adiantava, já que não ocorria uma cicatrização adequada, levando até a um agravamento da doença.
Depois de muitas tentativas, compreenderam que o processo inflamatório das doenças periodontais ocorria pela presença da placa bacteriana, surgindo então o tratamento de raspagem. Hoje sabemos que a diminuição de um processo inflamatório acontece com a diminuição das bactérias no local afetado, assim, as cirurgias são indicadas apenas em casos de:
1- Bolsas periodontais maiores do que 5 mm juntamente a outros sinais, como os de inflamação.
2- Estética.
3- Aumento da coroa clínica.
4- Recuperação do espaço biológico.
Mas, antes, da realização de qualquer cirurgia é preciso entender quais são os melhores materiais e as técnicas a ser utilizadas. Dessa forma, viemos por meio de mais um material exclusivo falar sobre as técnicas de suturas. Você sabe qual é o melhor material a se utilizar? Boa leitura!
Suturas: faça a escolha certa!
A chave de sucesso para uma cirurgia é a combinação de alguns fatores: planejamento adequado, habilidade do cirurgião-dentista, técnica aplicada e decisão consciente pelo material que será utilizado. A escolha certa garante um pós-operatório mais tranquilo e previsível. Em contrapartida, a escolha errada pode colocar toda a cirurgia em risco, com contaminações, inflamações locais, atrofia de tecido, comprometimento estético, entre outros fatores.
Um bom fio de sutura deve ter a capacidade de manter a coaptação de tecidos sem perder a resiliência e sem o acúmulo de placa. Existem diversas opções de fios de sutura no mercado com características particulares. No entanto, muitos profissionais deixam de conhecê-las por não considerá-las importantes, optando pelas mais baratas ou pelas quais estão acostumados a utilizar.
Os fios de sutura são importantes instrumentos para garantir a adequada cicatrização das bordas da incisão e a formação dos tecidos de reparação no local operado. Um fio de sutura sem qualidade aumenta, consideravelmente, o risco de um pós-operatório com complicações, devido à alta chance de arrebentar durante a cicatrização.
Por exemplo, os fios de seda, muito utilizados na odontologia, dependendo da marca podem arrebentar rapidamente. Algumas pessoas optam pelos fios de nylon: são mais resilientes e não acumulam placas, porém, a desvantagem é no seu manuseio, são um material com alta memória, ou seja, quando existe um grande risco de rasgamento da borda de incisão.
Os diâmetros dos fios podem variar de 3 a 6. Quanto menor o valor, maior a espessura, sendo o fio 6-0 utilizado nas microcirurgias periodontais. As suturas devem ser realizadas a uma distância de 4 a 5 mm das bordas das incisões para que elas não se rompam ao apertar os nós, que necessitam ser apertados o suficiente para que as bordas do tecido fiquem bem adaptadas, sem a chance de se sobrepor e apresentar isquemia.
Em áreas que pedem mais estética, recomenda-se que se usem fios finos e agulhas com ponta triangular, já que elas possuem maior grau perfurante.
Como protocolo no D&K Sorrisos, usamos em nosso dia a dia o fio Vicryl 5-0 ou 6-0. Apesar de esse fio ser reabsorvível, removemos todas as suturas com, no máximo, 14 dias de pós-operatório.
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